Como decidir? Porque sair do país? E meus pais? Meu dinheiro vai dar? E o idioma? Como achar uma casa? Etc… Essas são algumas das muitas dúvidas que passam na nossa cabeça quando pensamos em sair do país vou responder aqui como foi o nosso processo e o que eu e meu marido levamos em conta para decidir, não é uma verdade absoluta e nem aplica a todos, mas pode ser que te ajude na decisão.
A HISTÓRIA DA MUDANÇA
Não pensávamos em sair do país naquele momento, tínhamos os dois uma estabilidade financeira, eu tinha acabado de começar minha empreitada como freelancer na área de marketing digital (papo para um outro texto). Tínhamos algumas coisas em relação ao Brasil que no incomodavam, mas nada que nos levasse a procurar como sair do país. Você deve estar se perguntando, mas para que raios vocês saíram do país então?
Um amigo francês que trabalhava com o meu marido aqui no Brasil, tinha retornado para França havia pouco tempo e viu uma vaga na empresa que ele estava que tinha o perfil do meu marido e nos pediu para enviar o currículo e assim começaram os famosos “envia, você não tem nada a perder mesmo”, “faz a entrevista, você nem sabe se vão te chamar”, “faz uma contraproposta, você nem sabe se eles vão aceitar”, eis que ao final, nos vimos com uma proposta de emprego na mão. E agora, como decidir?
A DECISÃO DE SAIR DO PAÍS
Sempre fomos muito racionais, então sentamos e fomos fazer contas. Foi extremamente difícil, não é simplesmente converter a proposta para o câmbio da época, nem nada do tipo (vou falar especificamente disso no próximo post). Depois das contas chegamos nas seguintes conclusões:
Prós:
- Conhecer uma nova cultura
- Segurança
- Aprender um novo idioma
- Estar na Europa e poder conhecer novos países
Contra:
- Nossa renda seria menor (pelo menos no início)
- Eu não poderia trabalhar no início (conto isso em outro post)
- Distância da família
- Deixar tudo que construímos aqui
NOSSA DECISÃO
No final, nossa decisão foi: Ok, vamos ganhar menos, vamos ter a saudade constante de casa, o trabalho de mudar, mas qual seria a maior probabilidade de arrependimento?
Você poderá sempre voltar, o Brasil sempre será sua casa, sua família sempre será sua. Pensamos que se recusássemos a probabilidade seria de amanhã, depois, ou na semana que vem, algo nos deixaria descontente no trabalho, ou com a segurança e sempre teríamos aquela dúvida: e se eu tivesse ido? Mesmo que mudar nem sempre seja o melhor, mas a dúvida de não ter ido sempre vai fazer parecer que teria sido.
E foi assim que decidimos vir, tem uma frase de Tom Jobim em uma entrevista que ele fala sobre morar em NY que resume bem o sentimento de sair do Brasil: “Morar nos Estados Unidos é bom, mas é uma merda. Morar no Brasil é uma merda, mas é bom”. Então, como diz me marido, “nada nunca é perfeito, você só precisa achar os defeitos com o qual você convive melhor, e se der medo, vai com medo mesmo”!
Toda decisão implica insegurança, mas como saber se dará certo se não tentar? Parabéns pela coragem de superar o medo e arriscar na possibilidade de acertar.